terça-feira, 17 de novembro de 2015

GRANDE BRIGA NO SÍTIO CÓRREGO, APODI

31/01/1954 – uma grande briga de família entre as famílias Galdino e Freitas. Registrada no prédio da Escola Rural do sítio Córrego das Missões, no município de Apodi, pelas 15 horas, quando remanescentes de uma feira que comumente se verificava naquele lugarejo, estavam se deliciando em “valsas” que ali decorriam em meio de muita animação.
     Um fútil motivo entre membros das duas famílias que não se viam com bons olhos, cada qual preferindo que fosse executada determinada parte para dançar, se consumou no aniquilamento quase total de ambas. É que, conseqüência, teria Delmiro Galdino de Souza, nascido em 6 de julho de 1929, desacatado Francisco de Freitas, este solteiro e aquele casado, atirando um tamborete sobre os peitos, de que resultou terem os irmãos do primeiro se associado à luta, matando o agredido a faca e tiros de revólver. O pai deste, ao ouvir as denotações, logo previu poder tratar-se de alterações provocadas pelos Galdino, de quem era desafeto, indo  ao local, onde “in-loco” foi recebido com um tiro desfechado por Antonio Galdino de Souza, nascido em 10 de maio de 1895, pai dos demais que eliminaram a Francisco de Freitas.
     Ao receber o primeiro tiro que atingiu no antebraço esquerdo, José Manuel revidou a agressão com arma idêntica, atingindo mortalmente Antonio Galdino, e atirando   à morte de seu filho nos que o atacavam, em número aproximado de cinco Galdino.
Saíram feridos em conseqüências, o de nome Delmiro, que veio a falecer às 22 horas do dia 31 de janeiro de 1954; Francisco, hospitalizado no hospital da cidade de Mossoró, com braço da iminência de ser amputado; José Galdino, ferido no couro cabeludo e recolhido à cadeia pública de Apodi; José Manuel de Freitas, que havia galgado a defensiva do prédio da escola, rendendo-se, por último, por falta de munição, para ser morto a corte de faca-peixeira e arma curta pelos Galdino.
Os cadáveres em número de quatro, foram sepultados na manhã do 1º de fevereiro no Cemitério Público São Sebastião em Apodi, em cujo meio teve o fato uma larga repercussão.
José Manoel de Freitas, de 46 anos de idade, e seu filho Francisco de Freitas, de 24 anos, eram moradores do senhor Sólon Nogueira, em uma fazenda de gado  no município de Apodi. Antonio Galdino, de 59 anos, e seu filho Delmiro Galdino, com 28 anos, bem assim os demais sobreviventes em número de sete, residiam no sítio Córrego há pouco menos de dois anos, onde adquiriram terras de propriedades do senhor Otacílio Custódio, conhecido como Preto Custódio.

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